Uma garota pré-adolescente, seus pais, avós, uma meia-irmã e uma caixa que parece mágica aos olhos de algumas pessoas. Esses são os elementos de Caixa de desejos, livro que parece trazer uma história comum e que funciona justamente por isso.
A pré-adolescente em questão é Marília, de 11 anos. O que ela enfrenta nas páginas do livro é o mesmo que muitos meninos e meninas da mesma idade vivem: o relacionamento com os pais na fase em que não se é mais criança, mas também não se chegou à adolescência; os conflitos com os amigos; uma certa vergonha em assumir os próprios gostos; o primeiro namorado.
Ao seu lado, Marília tem um importante laço com a recém-falecida avó paterna, que deixa para a garota uma caixa especial. Aos olhos de Marília, o objeto tem um brilho mágico ao ser aberto e ajuda a realizar os desejos e a solucionar os problemas da garota – depois de anotados em um caderno, ambos são colocados dentro da caixa.
Fantasia de uma quase ex-criança? Pode ser. Mas por que não interpretar a caixa e o caderno como o movimento que todos (incluindo os adultos) precisam fazer para realizar os sonhos mais escondidos ou resolver aquela questão que parece não ter solução? Eu estou tentada a experimentar!
Caixa de desejos tem uma continuação, com Marília prestes a encarar o vestibular em meio a turbulências bem mais complicadas em casa. Estou lendo De volta à caixa de desejos e volto em breve para comentar.
Enquanto isso, fique com a dica de Marília e de sua avó: anotar tudo o que deseja ou aquela questão que parece um bicho de sete cabeças. Quem sabe uma luz também surge para você.
1 comentário