Por mais que eu tenha gostado da trilogia de Ransom Riggs (leia meus posts sobre O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares e Cidade dos etéreos), alguns detalhes me incomodaram ao longo dos três livros e, em especial, em Biblioteca de almas.
O principal deles é a inevitável semelhança com a saga Harry Potter. Jacob se descobre peculiar, assim como Harry se descobre bruxo. Ambos têm capacidades que poucos bruxos e peculiares possuem (Harry fala com as cobras, Jacob vê e controla os etéreos, por exemplo). Pontos parecidos também se dão no desfecho de ambas as histórias, com uma grande batalha final que decide o futuro desses mundos – o peculiar e o bruxo.
Mas, para mim, o grande mérito de Biblioteca de almas em relação à Harry Potter é ter encontrado um final original e alinhado com o atual cenário de representatividade, buscado por mulheres, homossexuais, transgêneros, entre outros. Dando o mínimo de spoiler para quem ainda está na primeira ou segunda aventura de Ransom Riggs, espere por uma genuína tentativa dos peculiares de se fazerem presentes como eles realmente são perante o restante do mundo – algo que os bruxos nunca fizeram.
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