“Alguém virá; alguém virá buscá-lo”. É com esse pensamento que o personagem que dá nome ao livro A extraordinária jornada de Edward Tulane chega ao fim da história. Tudo aqui é um tanto diferente. Edward é um coelho de porcelana. E, sim, é ele quem vive a extraordinária jornada – e bota extraordinária nisso!
Resumidamente, para não estragar as surpresas da obra de Kate DiCamillo: Edward é um coelho de porcelana, muito chique e arrogante; ele vive sob os cuidados de Abilene, uma garota meiga e rica, que veste Edward com as roupas mais finas do mundo dos brinquedos; só quem não tolera o coelho é a avó de Abilene – ela parece notar, não se sabe como, a falta de amor no coração de Edward.
A monotonia do dia a dia acaba quando, em uma viagem de navio ao lado de sua dona, Edward cai em alto-mar. É aí que começa a extraordinária jornada. O coelho vai parar nos mais estranhos locais e nas mãos das mais diferentes pessoas – de pescador a mendigo.
Já perto do fim, depois de ter descoberto o amor de verdade, mas já desiludido com a possibilidade de um dia ser feliz novamente, ele escuta de uma boneca: “Alguém virá buscá-lo.” A conclusão amolece o coração até do mais durão entre os brinquedos.
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