Uma palavra define A cor de Coraline: genial! O livro é ao mesmo tempo simples, óbvio (no sentido de: por que nunca pensei nessa abordagem antes?), acessível para uma criança e incrível!
Breve sinopse: um amigo de escola pede a Coraline um lápis cor de pele emprestado; é então que a garota se põe a pensar em um como um único lápis poderia traduzir todas as cores de pele de todas as pessoas do mundo.
As ilustrações do próprio Alexandre Rampazo ajudam o leitor a embarcar com Coraline em pensamentos que vão do real ao imaginário.
E aí, qual é a sua cor de pele? Ela pode ser definida por um só lápis dentro de uma caixa de 12 cores? Acho que não, né?
Viva Coraline e a diferença!
A escola da minha filha indicou este livro como leitura ligada ao Dia da Consciência Negra, o que eu e minha esposa consideramos um equívoco, já que o livro é de consciência humana, ele prega que todos são iguais, uau, mas isso não é consciência negra…
Além disso é escrito por um branco… Ora, qual é a dificuldade de se colocar um autor negro? São inúmeros… Em que pese eventual maior qualidade do livro, é de branco pra brancos, positivo mas não insere nenhuma cultura negra, apenas prega a igualdade, a meu ver a escola não cumpre seu papel…
Aliás é importante colocar escritores negros não só relacionados ao dia… Enfim, fica pra debate.
CurtirCurtir
Guilherme, concordo que deveriam existir mais autores negros escrevendo histórias como esta, mas não acho que é preciso ser negro para lutar contra o racismo, assim como não é preciso ser gay para lutar contra a homofobia. Mas, me diga: que livro infantil escrito por um negro você gostaria que a escola tivesse indicado para sua filha? É sempre bom conhecer mais opções de leitura.
CurtirCurtir