Na última semana, o Brasil parou para acompanhar o drama vivido em presídios do Amazonas e de Roraima. Impossível não se lembrar do massacre do Carandiru, em São Paulo, ocorrido em 1992, e do livro Carandiru, do médico Drauzio Varella. Menos famoso, mas tão bom quanto, é Carcereiros, que traz a vida nos presídios sob outro ponto de vista – o nome do livro fala por si só.
Em um sistema prisional gigantesco como o do Brasil, a figura desses profissionais é de extrema importância – e pode até definir os rumos durante uma rebelião, por exemplo. Mas, se a maioria de nós sequer se lembra da existência das penitenciárias no dia a dia, quantos param para pensar na vida de quem trabalha nesses locais? Drauzio sempre pensou: era com diversos agentes penitenciários que “o médico das cadeias” jogava conversa fora em um bar perto do Carandiru, depois do trabalho. As histórias ouvidas nesses encontros, e outras tantas vistas atrás dos muros e grades, estão em Carcereiros.
Afinal, o que leva alguém a se tornar agente penitenciário? Como suportar a pressão do trabalho e o dia a dia vivido atrás das grades sem ter cometido um crime? Boa parte das respostas está nesse que é o segundo livro da trilogia sobre presídios de Drauzio Varella. O terceiro, Prisioneiras, ainda não tem data oficial para lançamento – estou, ansiosamente, no aguardo!
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