Esta foi a minha primeira experiência com Valter Hugo Mãe e ainda estou refletindo – não tenho certeza se a achei totalmente positiva. A sensação é de estar lendo José Saramago, mas com um pouco menos de fluidez e um pouco mais de agressividade.
Assim como o de Saramago, o texto de Valter Hugo Mãe (ao menos em O remorso de Baltazar Serapião) pede que você se livre de preconceitos – tanto de temas quanto de estilo de escrita. Não é simples se acostumar, especialmente à linguagem. Mas os fatos da história, por mais absurdos que pareçam, acabam levando aquele que realmente gosta de ler em frente.
Nem vou tentar fazer aqui um resumo da história desse livro – não me sinto qualificada para isso, tamanha a bizarrice do que vai se passando a cada página. Mas quero ter novas experiências com Valter Hugo Mãe para me sentir mais próxima do autor. Por hora, meu pedaço português do coração ainda pertence à Saramago.